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terça-feira, 21 de setembro de 2010

Senad e CNJ lançam mais um projeto do Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack (01/09/2010)

A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), vinculada ao Gabinete de Segurança Institucional (GSI), da Presidência da República e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançam dia 1º de setembro, quarta-feira, o Projeto de Integração de Competências no Desempenho da Atividade Judiciária com Usuários e Dependentes de Drogas. O lançamento ocorre por meio de uma videoconferência transmitida pela Internet aos presidentes dos Tribunais de Justiça e das Corregedorias dos Estados e do Distrito Federal.
Participarão da videoconferência os ministros Jorge Armando Felix, Ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República; Gilson Dipp, Corregedor Nacional de Justiça do Conselho Nacional de Justiça, Luiz Paulo Barreto, Ministro da Justiça; bem como os coordenadores do projeto, Dra. Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte, Secretária-Adjunta da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas e Dr. Prof. Arthur Guerra de Andrade, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
O objetivo do lançamento é divulgar o projeto que foi criado para atender ao Decreto nº 7.179/10 que instituiu o Plano Integrado de Enfrentamento ao Crack e outras Drogas, e aos Provimentos nº4 e nº9, do CNJ, que definem medidas com vistas à eficácia e ao bom desempenho da atividade judiciária na implantação das atividades de atenção, proteção e reinserção social de usuários e dependentes encaminhados aos Juizados Especiais Criminais, bem como as crianças e adolescentes encaminhadas às Varas da Infância e Juventude.
O Projeto
O Projeto de Integração de Competências no Desempenho da Atividade Judiciária com Usuários e Dependentes de Drogas será desenvolvido em quatro etapas. Na primeira, será promovido o Curso de Extensão Universitária: Integração de Competências no Desempenho da Atividade Judiciária com Usuários e Dependentes de Drogas.
Na primeira edição, serão ofertadas 15.000 vagas gratuitas em todo o Brasil, para juízes, servidores e colaboradores do Poder Judiciário, que atuam nos Juizados Especiais Criminais e nas Varas da Infância e Juventude.
O curso tem por objetivo promover a capacitação dos diferentes atores envolvidos na aplicação da lei, visando ao cumprimento de penas e medidas alternativas, medidas protetivas e medidas sócio educativas, de modo a garantir o aprimoramento do serviço judiciário e diminuição da reincidência.
As vagas serão ofertadas gratuitamente, na modalidade de Ensino a Distância (EaD), com carga horária total de 120 horas, duração de três meses e certificado de extensão universitária expedido pela Universidade de São Paulo (USP).
O curso oferecerá ambientes interativos com a disponibilização de chats, fóruns, teleconferências, videoaulas, dentre outros.
Na USP, uma equipe de tutores capacitados, estará à disposição dos cursistas para auxiliá-los e acompanhá-los no estudo dos conteúdos. O acompanhamento será realizado por e-mail, fax ou via telefonia gratuita na modalidade 0800, que estará disponível de segunda a sexta-feira, das 08:00 às 22:00, ininterruptamente.
Na segunda etapa, o projeto prevê a realização do Levantamento Nacional das Possibilidades e Dificuldades na Aplicação da Lei sobre Drogas entre os Operadores do Direito dos Juizados Especiais Criminais (JEC), com o obejtivo de avaliar possíveis dificuldades na aplicação da Lei nº. 11.343/06, considerando a percepção do juiz em relação ao usuário e em relação  a disponibilidade técnica de sua equipe, a percepção do Ministério Público quanto a aplicabilidade das medidas socioeducativas e a opinião dos usuários sentenciados em relação às novas medidas da Lei.
A terceira etapa prevê a realização de Seminários Regionais de Boas Práticas, objetivando a troca de experiências entre os Operadores de Direito e a equipe multidisciplinar dos Juizados Especiais Criminais quanto à aplicabilidade das penas alternativas e medidas socioeducativas. Serão cinco seminários, um em cada região, nas cidades de Curitiba (Sul), Rio de Janeiro (Sudeste), Brasília (Centro-Oeste), Porto Velho (Norte) e Maceió (Nordeste).
Em uma última etapa, o projeto contará com o desenvolvimento de metodologia específica de aplicação das penas e medidas alternativas, medidas protetivas e socioeducativas.

Parcerias
Para a realização desse projeto, a SENAD celebrou parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Fórum Nacional de Juizados Especiais (FONAJE), a Escola Nacional da Magistratura (ENM), o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI), do Ministério da Justiça, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP).
Assista à videoconferência aqui:http://www.youtube.com/watch?v=g0HkjuT4j6w
Inscrições para o Curso :

sábado, 11 de setembro de 2010

SECRETÁRIO ANUNCIA ABERTURA DE NOVOS LEITOS EM HOSPITAIS PÚBLICOS PARA TRATAR USUÁRIOS DE CRACK


RIO - O secretário nacional Antidrogas, general Paulo Roberto Uchôa, anunciou nesta quinta-feira que o governo federal vai lançar, na próxima semana, os primeiros editais para a instalação de leitos em hospitais com o objetivo de tratar usuários de entorpecentes, principalmente de crack. O anúncio foi feito na 2ª Conferência Latino-Americana sobre Políticas de Drogas, na Faculdade Nacional de Direito, no Rio.
- Se não houver conselhos, não haverá objetivos, e vamos continuar apagando incêndios - disse o secretário.Os editais serão as primeiras medidas práticas do Plano Nacional de Combate ao Crack, lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em maio, e que terá repasse de R$ 410 milhões para os municípios. Uchôa fez um apelo para que os governos municipais e estaduais incrementem os conselhos regionais de políticas de drogas.
Em um dos painéis, Manuel Cardoso, integrante do Conselho Diretivo do Instituto de Droga e Toxicomanias de Portugal, elogiou a iniciativa de descriminalizar o usuário naquele país. Cardoso disse que a medida, adotada na década passada, estabeleceu uma distinção clara entre usuário e traficante: a posse da quantidade de droga equivalente ao consumo de dez dias.
- É uma experiência muito positiva porque, até o momento da descriminalização, colocava-se em situação de fragilidade quer o tóxico-dependente, quer o terapeuta. O terapeuta porque lidava com um criminoso, e o toxico-dependente porque tinha sempre medo, pois podia ser delatado e preso - disse Cardoso, antes de Uchôa afirmar que era contra uma medida similar no Brasil.