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segunda-feira, 21 de junho de 2010

A FAMÍLIA E O PERIGO DAS DROGAS

Antes de iniciar essa abordagem, gostaria de registrar que nesse universo devastador de vidas, personalidades, sentimentos e comportamentos, convivem as chamadas drogas lícitas e as ilícitas. No primeiro grupo, estão o álcool, o tabaco e os medicamentos. E no segundo, maconha, cocaína, crack, solventes, inalantes, ecstasy, LSD, anfetaminas e outras.
É importante também destacar, que as estatísticas mostram que o uso abusivo de álcool e de cigarro tem sido, via de regra, a “porta de entrada” para o uso também abusivo de outras drogas, ilícitas, geradoras de dependência química como aquelas e conseqüências desastrosas para o usuário.
Feito o preâmbulo, quero compartilhar com os pais de nossa Cabo Frio, ou até onde este artigo puder alcançar, sobre a urgentíssima necessidade de dialogar e orientar os seus filhos. Não somente com relação às drogas, mas também com relação à sexualidade, à pedofilia, às DST (doenças sexualmente transmissíveis), aos sites de relacionamento na internet, aos contatos com pessoas estranhas ao ciclo familiar, etc...
Mas neste momento, o foco são as drogas. E neste caso, como em todos os demais assuntos e atitudes que compõem a nossa vida, “é melhor prevenir do que remediar”. E acrescento: é também muito mais barato. Gasta-se sempre menos recursos financeiros para tal.
Aliás, o que os pais devem fazer questão de gastar bastante é tempo com os seus filhos, na educação, orientação, observação, etc...
Fale abertamente com eles sobre o assunto, mesmo que esse problema não faça parte da sua casa.
Assim fazendo, diariamente, terão condições de observar alterações de humor, de comportamento, nas amizades, no rendimento escolar. Estão ficando mais isolados, hostis, apáticos , irritados, muito críticos, revoltados, relaxados, com segredinhos........Cuidado! Pesquise. Pode ser, tão somente, um comportamento típico da adolescência, por exemplo, mas aprofunde a observação e o acompanhamento. Pode ser que esteja se envolvendo como drogas
A propósito, outro dia, ao término de uma palestra ministrada para capacitar pessoas nesta área, uma mãe veio conversar comigo, dizendo que sua opinião era de não levantar o assunto em sua casa, pois não tinha o problema. Disse-lhe então: Oriente e fale da maneira correta sobre isso, antes que alguém oriente seu filho incorretamente.
A prevenção e a informação correta são a chave do sucesso nesse caso. Os seus filhos ficarão equipados para discutir e rebater quaisquer incursões de amigos, estranhos, no sentido de tentar influenciá-los a consumir álcool, cigarro e outras drogas.
O ideal é que os pais não fumem e não bebam , mas caso isso aconteça, não mandem, em hipótese alguma, seus filhos comprarem cigarro ou bebida.
Lembrem-se: “O exemplo não é a melhor maneira de ensinar, é a única”.
Para finalizar, caso os pais venham a descobrir que os seus filhos estão usando drogas, não se desesperem. É importante não agredi-los verbal ou fisicamente, não agirem precipitadamente, dialogarem francamente e colocarem-se ao lado deles, para juntos acharem as soluções e, principalmente, procurarem instituições e/ou pessoas que saibam lidar com o problema.
Concordo que o assunto não é agradável, gera preconceito, mas precisa e deve ser abordado de uma maneira clara e correta na sua família.
A propósito: pesquisas regulares, em cinco capitais brasileiras, com jovens entre 9 e 21 anos, de todas as classes sociais, indicam que para eles, a medida preventiva contra drogas mais eficaz é a discussão em casa (52%) e nas salas de aula (44%). Com relação às pessoas com quem se sentem melhor para conversar, temos:
A mãe=63% O pai=50% Os amigos=37% Irmãos e irmãs=16%.
Queridos pais e educadores, é uma questão de sobrevivência!
Luiz Teixeira
Secretário Executivo do Comad










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